terça-feira, 12 de dezembro de 2017

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS




Por que criar uma campanha permanente de combate à violência nas escolas?

  Da CNTE

A iniciativa surge em momento de cenário alarmante no país, com registros de agressões entre estudantes, educadores e familiares. Mais de 22,6 mil professores foram ameaçados por alunos e mais de 4,7 mil sofreram atentados à vida nas escolas em que lecionam. Os dados são do questionário da Prova Brasil 2015, aplicado a diretores, alunos e professores 5º e do 9º anos do ensino fundamental de todo o país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência como o uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação.
A violência verbal ou física atingiu 42% dos alunos da rede pública em 2015. É o que revela uma pesquisa realizada pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em parceria com o Ministério da Educação e a Organização dos Estados Interamericanos (OEI). A pesquisa ouviu 6.709 estudantes, de 12 a 29 anos, em sete capitais brasileiras: Maceió, Fortaleza, Vitória, Salvador, São Luís, Belém e Belo Horizonte.
A luta da Confederação frente aos tipos de violência está em sintonia com o pensamento freireano, que tem a tolerância autêntica, uma das qualidades fundantes da vida democrática, na visão dele, como aquela que “demanda respeito ao diferente, seus sonhos, idéias, opções e gostos.”

22.6 mil professores foram ameaçados por alunos
Questionário da Prova Brasil – 2015

42%  dos alunos da rede pública foram vítimas de violência.


                                                         Post: LUIZ GONZAGA

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

BASE NACIONAL COMUM


 CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SUSPENDE VOTAÇÃO DA BNCC

 Do Portal da CNTE


Nesta quinta-feira (7/12), o Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniu para votar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e entidades filiadas participaram da sessão pública.
Com palavras de ordem como “Fora Temer” e “Governo Golpista”, os educadores e estudantes protestaram contra a imposição autoritária do Ministério da Educação (MEC), durante a leitura do documento da Base com proposta de mudanças aprovadas pelos conselheiros em debates realizados desde segunda-feira (4).
Para o secretário de assuntos jurídicos e legislativos da CNTE, Gabriel Magno, a construção deste texto não foi democrática. “O BNCC deve ser o resultado de um amplo e cuidadoso debate. O documento desconsidera temas sensíveis na sociedade e nas escolas, como a identidade de gênero e diversidade sexual”.
“A Base tem que estar articulada com a garantia de melhoria da infraestrutura das escolas públicas; valorização profissional dos professores; gestão democrática escolas e nos sistemas; aumento dos investimentos em educação, entre outras providências que o atual governo inviabiliza. Este documento é um retrocesso e vai contra a Constituição e a LDB, entre outras contrariedades”, explica Edmilson Lamparina, secretário executivo da CNTE.
Durante os debates internos, as conselheiras Aurina de Oliveira Santana, Malvina Tania Tuttman e Márcia Ângela da Silva Aguiar apresentaram por escrito um pedido de vista. O conselheiro Cesar Callegari, presidente da comissão da BNCC no CNE, defendeu a suspensão imediata da sessão.
"O pedido de vistas é um tempo necessário para que possamos aperfeiçoar essa produção. Interpreto o pedido de vistas delas como de todos nós e de toda a sociedade. A sociedade brasileira tem o direito de ter conhecimento da matéria", disse o conselheiro Cesar Callegari, criticando o fato de o MEC não ter divulgado o texto final enviado ao Conselho.
A BNCC regulará o que deve ser ensinado nas escolas brasileiras nos próximos anos, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. A base para o Ensino Médio, que fazia parte das duas versões do documento lançadas no governo Dilma, foi retirada da terceira versão da BNCC pelo MEC da gestão Michel Temer, e será divulgada no próximo ano.

Post: LUIZ GONZAGA